Inspiração ou Expiração?!?

Momentos de desabafos, momentos de reflexão... momentos na nossa vida que as palavras cá dentro querem tanto sair, mas não é o "momento" certo ou o lugar certo... Bem, se não podemos dizer o que nos vai na alma, talvez possamos escrevê-lo. Não se trata de ofender ou de criticar, apenas "desabafar". Nem sempre estamos de acordo com o que nos rodeia, por vezes, situações menos próprias, detalhes... pequenos "detalhes" que ficam a remoer no nosso subconsciente.
Esta é a página onde esses "detalhes" vêm a descoberto.
Não que venha pra aqui, remexer no passado ou difamar quem quer que seja, venho apenas partilhar para os demais a minha opinião sobre certas coisas. Cada um com a sua e, aqui ninguém obriga a ler até ao fim.
Se ficarem até ao fim, talvez possam partilhar da mesma opinião, talvez não.
Desabafos à parte, é dividir para não partilhar!!! loooooooooooooooooool
Hoje Tomei a Decisão de Ser Eu

Fui buscar as palavras ao Génio, mas não deixo de concordar em pleno com o que disse em tempos. Julgo que Hoje isto se adequa mais do que em qualquer altura da minha vida...
« Hoje, ao tomar de vez a decisão de ser Eu, de viver à altura do meu mister, e, por isso, de desprezar a ideia do reclame, e plebeia sociabilizacão de mim, do Interseccionismo, reentrei de vez, de volta da minha viagem de impressões pelos outros, na posse plena do meu Génio e na divina consciência da minha Missão. Hoje só me quero tal qual meu carácter nato quer que eu seja; e meu Génio, com ele nascido, me impõe que eu não deixe de ser.
Atitude por atitude, melhor a mais nobre, a mais alta e a mais calma. Pose por pose, a pose de ser o que sou.
Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.
O último rasto de influência dos outros no meu carácter cessou com isto. Reconheci - ao sentir que podia e ia dominar o desejo intenso e infantil de « lançar o Interseccionismo» - a tranquila posse de mim.
Um raio hoje deslumbrou-me de lucidez. Nasci. »
Fernando Pessoa, 'Páginas Íntimas e de Auto-Interpretação'